sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Dentes e saliva aliados à saúde bucal


  Que a nossa boca é o nosso termômetro de como anda a nossa saúde corporal, a maioria de nós já sabemos. Mas será que estamos atentos à um dos elementos fundamentais para medirmos esse nível de saúde? Estamos falando da saliva. Sim! Ela é de extrema importância em nosso meio bucal. E já explico o porquê.
    Em nosso meio bucal podemos guardar grandes tipos e quantidades de bactérias. A mais “perigosa” é o Streptococcus Mutans. Essa bactéria alimenta-se de restos alimentares que ficam na cavidade oral, principalmente carboidratos (açúcares/ C6H12O6) e dejetam ácidos, como o ácido pirúvico que desmineraliza o esmalte do dente (Hidroxiapatita/ HA), causando a doença cárie.
                 É aí que a saliva age. Ela faz uma espécie de lavagem e tem a função de se tornar um tampão, neutralizando o pH da boca. Quando o pH está baixo, em torno de 5,5, a saliva produz bicarbonato de sódio para neutralizá-lo, tirando a acidez e dificultando a ação da bactéria. Sendo que o nível normal do pH interno da boca é de  6,5. A escovação durante a noite é a mais importante. Isso porque nesse período não estimulamos a produção salivar. E sabe por quê?  Nossa produção de saliva está diretamente ligada à visão, imagine só alguém espremendo um limão, a visão de uma torta de prestígio, um suco gelado no verão, uma torta salgada... Todas essas imagens auxiliam na produção de saliva, daí vem a expressão: dar água na boca!!! A conversação, olfato, enfim, todos são estimulados pelo Sistema Nervoso Autônomo (S.N.A). Quando temos uma diminuição da saliva, damos o nome de sialoquíase e a ausência total, ou boca seca, chamamos de xerostomia.
                O fluxo salivar é produzido por glândulas salivares, e as principais são: submandibular, sublingual e parótida. Na saliva também são encontradas substâncias com ações importantes, tais como substâncias reparadoras dos tecidos moles, imunoglobulinas (anticorpos), substâncias bacteriostáticas (ação antibacteriana) feita pela enzima “lisozima” e a “amilase”, essencial para realizar a digestão, que se inicia na boca. E é por isso que alguns dentista não recomendam a ingestão de líquidos durante as refeições, já que ele interfere nas enzimas no bolo alimentar.
                Se ficarmos nervosos ou se o espaço interno da boca é diminuído (pela própria constituição) ou devida as perdas dentárias , a saliva torna-se mais viscosa (grossa) e com menor capacidade de diluir os componentes nocivos, bem como dificultar a penetração das substâncias benéficas produzidas pelo corpo e carreadas pela saliva na intimidade das estruturas da boca, dentes, gengiva e ossos no arredores.
                Se você perceber a diminuição da saliva ou até mesmo a ausência dela, procure um dentista e em seguida um médico. Todos os elementos que compõem o meio ambiente bucal são importantes, fique atento e não se esqueça da saliva!
Adaptado de: http://www.folhadabahia.com.br/noticias/lerNoticia.php?id=2780

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